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sexta-feira, 6 de setembro de 2019

sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Novo: "Plutonium Caverns" (2019)

A produção amadora de jogos para o MS-DOS pode ainda não estar, em termos de quantidade, a par do que já se faz por hobbyistas em relação a outros microcomputadores (como o MSX, o ZX Spectrum ou o Commodore Amiga). No entanto, nota-se um interesse acrescido pela criação de jogos para os IBM PC compatíveis. O Planeta MS-DOS também irá dedicar-se a divulgar as recentes produções da cena hobbyista!


Ecrã de entrada

"Plutonium Caverns" é um jogo criado por Jani Nykänen para o MS-DOS, cuja história é sobre um explorador inter-estelar que, ao regressar de uma missão exploratória pelo espaço, vê-se obrigado a aterrar a sua nave, sem combustível, num planeta isolado e misterioso. 

Debaixo da superfície do planeta, existem cavernas que guardam gemas de plutonium, o elemento necessário para fazer funcionar a nave do solitário explorador. Este terá então que entrar nas cavernas e recolher gemas suficientes para encher o tanque de combustível. Infelizmente a missão não se lhe afigura nada fácil, pois as cavernas estão pejadas de perigos.

Introdução ao nosso herói

O jogo consiste num quebra-cabeças ligeiramente inspirado na mecânica do Sokoban. Temos que manipular objectos de modo a abrir caminho para as gemas, através de rios de lava, paredes de gelo, portas, entre outros obstáculos.

A primeira caverna

A influência de Sokoban é evidente: a caverna estende-se numa grelha de 10 por 10 espaços, onde o herói pode empurrar pedregulhos, de tal modo que um empurrão em falso, pode fechar-nos o caminho para as gemas e obrigar a repetição da partida. Mas a comparação fica-se por aí, visto que existem vários tipos de blocos, algum podem ser empurrados ou destruídos, mas outros são intransponíveis, excepto mediante diferentes ações que o personagem pode executar.

Empurrando um pedregulho

O jogador também pode começar com um número limitado de ferramentas, como a picareta,  que derruba paredes de gelo, ou a pá, que tapa os blocos de lava. As pás e picaretas são inutilizáveis após o seu uso, pelo que teremos de ser parcimoniosos com as mesmas. Podemos repor o número de picaretas, pás e outros objectos, caso estes se encontrem na caverna - eventualmente deixados por alguma antiga e desaparecida civilização?

Os próprios pedregulhos também podem ser usados para fazer desaparecer um bloco de lava (e por consequência, o próprio pedregulho). Outros pedregulhos estão congelados e devemos usar a picareta para soltá-los.

Pedregulhos congelados e alavancas 
Podemos encontrar portas que se abrem com uma chave específica, e alavancas que fazem aparecer ou desaparecer paredes de blocos coloridos. Também existem bombas que devem ser apanhadas e colocadas em espaços específicos, onde são ativadas, e de onde podem ser empurradas durante 5 movimentos, até explodirem e destruirem pedregulhos e gelo ao seu redor - também transformando paredes sólidas em lava. A bomba pode ser igualmente empurrada para a lava como se de um pedregulho se tratasse, abrindo um espaço e desaparecendo sem explodir.

Nas últimas cavernas iremos encontrar mini-buracos negros que desintegram tudo em que tocarem, excepto, claro está, o nosso viajante, quiçá por estar com um fato protector. As paredes exteriores da caverna também são imunes. Deveremos usar as propriedades destrutivas deste mini-buraco a nosso favor! Serão estes artefactos, vestígios da devastação ou desolação do planeta?

Mapa do planeta do qual podemos aceder às cavernas

Terminamos cada fase, apanhando todas as gemas de plutonium, usando uma ou mais combinações de acções e movimentos. São 17 cavernas com variados puzzles, em que o grau de dificuldade começa a sentir-se verdadeiramente a partir da 13ª caverna. Apesar de tudo, não é um jogo muito difícil, acabando por tornar-se bastante prazeiroso terminar cada caverna.

Os gráficos do jogo são simples, coloridos, e poderiam passar como sendo dos primórdios da placa VGA. Os efeitos sonoros são minimalistas mas não cansam o jogador. Não existe música - quiçá nem acrescentaria muito valor ao jogo que, mereceria, sim, mais uma fornada de níveis!


Tendo em conta que é o trabalho de uma pessoa só, o jogo tem um bom acabamento e cumpre para aquilo que está destinado: uma ou duas horas de diversão.

Pode-se jogar "Plutonium Caverns" no DOSBox (ou em hardware real) descarregando o executável das páginas do autor, tanto no itch.io como no Game Jolt. Aliás também pode ser jogado via browser, a partir destes mesmos links.

Finalmente, devemos salientar que o criador do jogo disponibilizou o código-fonte (em linguagem C) num repositório do GitHub, com uma licença open-source - o que é louvável e certamente inspirador para quem quer se iniciar na programação de um jogo para o MS-DOS.

E terminamos com um agrado para o leitor, gostamos tanto do jogo, que disponibilizamos o mapa do "Plutonium Caverns"!

Mapa de Plutonium Caverns

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