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quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

Especial de Natal: Joystick Magazine CD-ROM nº99


Para este dia de natal decidi relembrar um CD-ROM que me foi trazido pelo natal de 1998 por familiares que viviam em França. A revista francesa Joystick nº99 foi simultaneamente a minha primeira revista de jogos, o primeiro cd-rom do género a que tive acesso e também me permitiu através dos seus demos experimentar alguns dos meus primeiros jogos "sérios", fora dos jogos infantis que até à altura eram a única coisa que conhecia.


Temos aqui um típico CD de revista que inclui demos, conteúdos exclusivos acerca de alguns jogos, shareware, patches, programas variados e, como era costume na época, um programa que permitiria o acesso à internet, fazendo contrato através da Infonie (fornecedor francês de internet).
O ano de 1998 foi excelente para jogos, como se pode ver facilmente pela lista de demos da imagem acima, sendo fácil destacar daqui vários títulos memoráveis.
A minha seleção da época incluiu o Microsoft Pinball, Nightlong, Age of Empires: Rise of Rome e Abe's Exodus. Foram estes que experimentei na altura e que continuei a jogar, mesmo ao avançar para o Windows 98 e XP. Muito antes de poder ter acesso a todo o tipo de jogos através da pirataria, quer através de downloads online, quer através de jogos emprestados por amigos, eram com estes demos que me entretinha, explorando-os ao máximo.


O que mais joguei na época foi o Nightlong: Union City Conspiracy, aventura gráfica produzida pela Team 17 (conhecida pela série Worms) totalmente em 3D, num ambiente imersivo cyberpunk extremamente bem desenhado. Em seguida, destaco o Microsoft Pinball Arcade, que apesar de apenas ter uma mesa disponível - Haunted House - me divertiu imenso com a sua simulação muito realista tanto a nível gráfico, como de física e foi no meu computador uma constante durante os anos seguintes, sendo reinstalado em vários sistemas operativos diferentes. Recordo-me de me divertir com Abe's Exodus, sendo um jogo extremamente bem construído a todos os níveis, apesar de não ter sido o meu predileto da época e também de experimentar um pouco o Age of Empires. Este último nunca foi muito meu estilo de jogo, por isso facilmente fiquei entediado, colocando-o de lado.


Queria só deixar uma nota final para os desenhos de Didier Couly, um cartonista cujo conteúdo de humor negro, controverso e políticamente incorreto, vêm na longa tradição francesa do estilo do Charlie Hebdo. Para este CD contribuiu com vários dos seus desenhos e animações que resolvemos partilhar aqui.
Pelo que tenho visto, a qualidade dos CD-ROMs franceses sempre foi muito elevada, tendo sempre direito a desenhos, animações e música original desde que começaram a ser distribuídos com revistas, algo que nunca vi em Portugal, pelo menos na mesma época. Daí que, mesmo não sendo comum analisar este tipo de CD-Roms, achei que seria interessante relembrar este que continua a ser interessante, não só pela parte nostálgica ligada aos videojogos e software, mas também pela arte original para si concebida.

sábado, 21 de dezembro de 2019

sábado, 21 de dezembro de 2019

Imagitec CD-ROM 6 Pack com Rise of the Triad (1994)


Foi ainda em meados dos anos 90, ali mais ou menos entre Wolfenstein 3D e Doom, que conheci Rise of the Triad (Apogee, 1994) — ou ROTT —, seguramente um dos principais precursores do gênero FPS. Em meados de 2018 consegui arrematar essa bela joia, uma das coletâneas de shareware em CD-ROM da Imagitec, com ROTT na capa e outros jogos de DOS.

Aliás, que linda cada. Quem conhece um pouco dos meus gostos no colecionismo retrô sabe que eu curto muito CD-ROMs de PC do início dos anos 90 e também coletâneas de shareware e freeware. Esse encarte é simplesmente lindo e carrega uma estética que me atrai muito nesse tipo de CD. Mas vamos analisar cada cantinho desse encarte.

A começar pela Imagitec. Para quem não sabe, a Imagitec Multimedia Corporation (ou simplesmente Imagitec) foi uma empresa canadense que produzia coletâneas de shareware. Ela foi criada em 1994 e, pasmem, descontinuada dois anos depois, bem ainda na era de ouro da multimídia no PC. Muitas de suas coletâneas foram vendidas nos Estados Unidos. E como todo CD do tipo que era vendido nos EUA, muitos chegavam aqui no Brasil por pessoas que viajavam para lá, ou através de kits multimídia, ou através de softhouses (leia piratohouses) e comerciantes de micros 386 e 486. Mais ou menos nessa época, em meados dos anos 90, eu era sócio de uma locadora de CD-ROMs para PC que tinha vários CDs de coletâneas, e eu ouvia muito essas histórias de como eles obtinham os títulos.

Voltando ao encarte, no canto superior esquerdo vemos o selo "Imagitec CD-ROM 6 Pack", que mostrava que ali vinham seis jogos. No caso desse 6 Pack, além do Rise of the Triad vinha ainda Hocus Pocus, Alien Carnage, Monster Bash, Boppin e Wacky Wheels. Joguei bastante na época Alien Carnage e Hocus Pocus. Existiam ainda outras linhas, como a "Imagitec CD-ROM 20 Pack", que tinha a mesma estética, porém trazendo vinte jogos.


No canto inferior esquerdo vemos o logo da grande Apogee Software, desenvolvedora de ROTT. Esse logo é muito nostálgico. A Apogee era por vezes sinônimo de jogos de MS-DOS de qualidade e adotava bastante o modelo de shareware na distribuição de seus títulos.


No lado direito do encarte vemos os outros cinco jogos já mencionados e, mais abaixo, outro selo, Imagination Station, que acompanha as coletâneas da Imagitec. Já no topo do encarte, vinha, sabe-se lá por quê, o descritivo "virtual reality" e mais um selo, Multi-Lingual Advantage, que indicava que o menu da coletânea estava disponível em vários idiomas, inclusive o português.



E falando em menu, mais uma curiosidade: a parte interna do encarte trazia um código (não chegava a ser um serial number, era um código mesmo), que servia para dar acesso ao menu para rodar os jogos (uma espécie de "proteção" criada pela Imagitec para dar mais legitimidade às suas coletâneas).

terça-feira, 17 de dezembro de 2019

terça-feira, 17 de dezembro de 2019

Blade Runner finalmente recuperado!


22 anos após o lançamento da adaptação do famoso filme para videojogo, que nos chegou na forma de aventura gráfica, temo-lo finalmente disponível numa versão digital e modernizada, preparada para correr em sistemas modernos.

Mas, ao contrário do que possam pensar, chegar aqui não foi tarefa fácil...
O encerramento da Westwood Studios em 2003 fez cair por terra qualquer esperança numa versão digital do jogo e, pior ainda, o código original perdeu-se durante uma das muitas mudanças dos estúdios.

Para trazer o Blade Runner para os nossos dias foi necessária uma ferramenta muito útil - o ScummVM - que já tinha sido usado anteriormente para emular as clássicas aventuras da Lucas Arts e a paixão de um grupo de programadores que passaram oito anos a dissecar o código a partir dos CDs originais, reconstruíndo-o pouco a pouco para construir a versão digital.

Graças ao seu trabalho árduo, ao esforço conjunto da Alcon Interactive Group e GOG.com, finalmente podemos anunciar a versão modernizada do jogo e, felizmente, sem qualquer proteção anti-cópia.

Para o adquirir, basta seguir este link.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Recortes: APPLE doméstico - Notícias Magazine (1993)

Nesta semana publicamos o último recorte (em posse do blogue) da coluna de Informática, e da autoria de Simões Dias (infelizmente não foi possível encontrar a segunda parte).

Este recorte remete-nos à época em que a Apple tinha uma oferta ampla e diversificada de modelos Macintosh para o mercado profissional através dos seus revendedores autorizados, bem como os modelos Performa, mais limitados, que focavam no mercado doméstico, e vendidos em grandes redes de lojas.

Esta estratégia de fragmentação veio a revelar-se um fracasso comercial para a Apple que não conseguiu competir com os PCs instalados com o Windows 95. Em 1997, Steve Jobs regressa à empresa que fundou, e reformula por completo a linha de computadores, reduzindo-a a 4 modelos.

No recorte abaixo podemos ver um desses modelos anteriores ao regresso de Jobs: um Macintosh IIvi que também foi vendido como Macintosh Performa 600.


APPLE doméstico - Simões Dias

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Batch: Listagem dos ficheiros executáveis num directório (DIREXE.BAT)

Um "batch file" é um ficheiro de texto, contendo uma lista de comandos, executada sequencialmente, e de forma automática, pelo interpretador de linha de comando do DOS. Trata-se, portanto, de uma ferramenta útil para, por exemplo, executar tarefas repetitivas, processar logs, efectuar backups automáticos, ou carregar programas. O Planeta irá, pontualmente, publicar alguns ficheiros .BAT que outrora já nos foram úteis (ou aos leitores caso queiram partilhar os seus "batch files")!

Começamos pelo DIREXE - ficheiro “batch” lista todos os ficheiros executáveis (extensões .EXE, .COM e .BAT) dentro de um directório. Recorremos ao comando FOR do DOS para visualizar o nome de cada elemento do conjunto de ficheiros com extensão “exe”, “com” e “bat”. O ficheiro pode ser obtido aqui.




DIREXE.BAT:
@echo off

if "%1"=="?" goto usage

set pname=.
if "%1"=="" goto direxec
set pname=%1

:direxec
for %%f in (%pname%\*.exe %pname%\*.com %pname%\*.bat) do echo %%f
goto end

:usage
echo.
echo Usage: DIREXE [pathname] [?]
echo.

:end

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Recortes: Monitores apostar na qualidade - Notícias Magazine (1993)

Mais uma Quinta-feira, mais um Recortes! Trazemos novamente a coluna de Informática de Simões Dias, para a Notícias Magazine. Infelizmente este recorte encontra-se incompleto, com a segunda página perdida algures na confusão do arquivo pertencente a este que vos escreve. Eventualmente as duas partes serão reunidas!

O tema deste recorte relembra-nos das preocupações dos consumidores que usavam intensivamente os tradicionais monitores CRT (tubos de raios catódicos), e que foram sendo atendidas pelos fornecedores com sucessivas melhorias tecnológicas, para minimizar o impacto na visão dos utilizadores e, subsequentemente, aumentar a produtividade do seu trabalho.

Quem viveu os anos 90 certamente irá recordar-se dos filtros que se compravam avulso e "encaixavam" no monitor - algo que o autor da coluna indica como sendo de acção reduzida, e que eu tendo a concordar por experiência própria!

Sem perder mais tempo, abaixo encontra-se o recorte (incompleto)!

Monitores apostar na qualidade - Simões Dias

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Recortes: NoteBook companheiro inseparável - Notícias Magazine (1993)

No "Recortes" desta Quinta-feira, continuamos com a coluna de Informática escrita por Simões Dias para a Notícias Magazine. E o tema é o NoteBook, o companheiro ideal para quem se locomove frequentemente mas não pode dispensar as ferramentas de trabalho proporcionadas por um computador. No seu texto, Simões resume as vantagens desta categoria de computadores portáteis, e refere três modelos de notebooks para o MS-DOS, os quais iremos aqui relembrar muito ao de leve.

Z-Note 325LC

O Z-Note 325LC vinha equipado com o processador Intel i386SL a 25MHz; trazia instalado o MS-DOS 5.0 e Windows 3.1, e tinha uma autonomia anunciada de 3 horas. A especificação do hardware podia variar conforme a finalidade de uso: doméstica ou empresarial. Por exemplo, a RAM ia desde os 4 MB até ao máximo de 12 MB, além de um disco de tamanho máximo até 120 MB.

Olivetti Quaderno PT-XT-20

Já o Quaderno (PT-XT-20), o inovador e ultra-ligeiro notebook da Olivetti, vinha equipado com  processador NEC V30 HL a 16 MHz (compatível com 80186), memória RAM de 1 MB, e um disco de 20 MB. O MS-DOS 5.0 era carregado da ROM e o ecrã LCD suportava a resolução 640x400 (DCGA). Com o tamanho de uma folha A5, era ideal para trabalho comercial, chegando a competir no mercado com os PalmTop PCs.

O modelo seguinte, Quaderno 33 (PT-AT-60), substituiu o processador NEC pelo AMD386SXLV a 20 MHz, e vinha com 4MB de RAM ampliáveis a 8MB, além de um disco de 60 MB e um trackball integrado. O LCD (retro-iluminado) suportava 640x480 (VGA), e o sistema operativo instalado era o MS-DOS 6.2 com Windows 3.1.

ThinkPad 700 (1992)

O ThinkPad 700/700C foi o primeiro notebook de uma das dinastias mais famosas de computadores portáteis: a ThinkPad - inicialmente sob a batuta da IBM, hoje pertencendo à chinesa Lenovo. Depois do fracasso com o tablet ThinkPad 700T, o modelo 700 veio equipado com um processador Intel 486 SLC a 25 MHz, com 4 de RAM e um disco de 120MB. A variante 700C também tornou-se a mais popular por ter um ecrã TFT colorido de 10.4" no lugar do ecrã STN monocromático de 9.5". Com um teclado excelente, um design atractivo e um preço acessível tornou-se num completo sucesso no mundo empresarial.

E sem mais delongas, deixamos então os leitores com este recorte!

NoteBook companheiro inseparável - Simões Dias

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Lisboa Games Week - Indies em destaque na Loading Zone



Este passado fim de semana tive a oportunidade de participar em mais um Lisboa Games Week, estando na banca do Massive Galaxy Studios, mas durante o tempo em que por lá estive também pude visitar as outras bancas e ver o que de melhor se faz por cá atualmente.

O Planeta MS-DOS decidiu este ano abordar jogos indie portugueses com inspiração retro, já que a zona da responsabilidade do Museu Nostalgica não tinha qualquer motivo de interesse para o nosso blog (e já fiz a minha apreciação acerca do espaço no Planeta Sinclair), escolhendo especialmente aqueles que pudessem ter uma ligação, ainda que indireta, a jogos desde a época do MS-DOS até ao Windows 98.


Primeiro destaco Blattaria do Blattaria Studio, que me pareceu um dos jogos mais interessantes do evento, mas que infelizmente não consegui ter oportunidade de o experimentar, já que não fazia ideia de que apenas iria estar disponível ao público por um dia. Do que já conheço parece-me um título bastante prometedor, com claras influências dos jogos da Amanita Design. Nesta história controlamos uma jovem barata que na sua viagem descobre que as terras por onde navega são controladas por um regime totalitário controlado por insetos e ratos. Fica também a saber que o seu avô já foi parte de um grupo de rebeldes que falharam um golpe de estado, tendo sido detidos. Assim, temos como objectivo guiar a jovem barata numa missão que continua o trabalho iniciado pelo seu avô.

De relevar a qualidade da arte, toda ela desenhada em papel e depois digitalizada, mas também o facto de não haver qualquer texto, sendo todos os diálogos representados pela mímica dos personagens, por símbolos ou por cutscenes. Apesar da ausência de texto, existe um rico enredo que nos é contado pelos detalhes do cenário e ao avançar no jogo vamos notando uma evolução do estilo artístico que acompanha o desenrolar da história.
Recentemente este projeto mudou de mãos estando agora a ser desenvolvido por um estúdio que já não é o original, daí que não tenha a certeza se já houve alguma mudança em relação à história que já conhecia. Seja como for, será um projecto que vamos acompanhar atentamente.


Em seguida destacamos Viragon, um jogo que tivemos oportunidade de experimentar tanto a solo com na versão para dois jogadores e pareceu-nos uma verdadeira hidden gem, já que ficámos imediatamente fãs e não vimos que tivesse tido grande destaque da imprensa. Criado por um developer inglês - Edward Kay - a viver atualmente em Portugal, foi um projeto de seis meses cujo conceito saiu de uma gamejam. Essencialmente é um jogo arcade em que controlamos uma pequena nave que nos lembra o velhinho Asteroids que luta contra uma força alienígena que se replica e aumenta constantemente de tamanho ao estilo do Game of Life.

A jogabilidade é frenética, divertida e além disso os controlos são bastante simples, pois apenas usamos os thumbsticks para mover e disparar, tornando-se um jogo bem acessível a jogadores de todas as idades, lembrando-nos do melhor que saiu a nível de jogos arcade nos anos 80.
Muito aconselhado experimentar a versão para dois jogadores que pede uma comunicação e coordenação constante para atacar os pontos nevrálgicos da criatura. Também é introduzida uma mecânica nova que nos permite ressuscitar o nosso companheiro caso tenha sido atingido (pairando com a nossa nave em cima da dele) o que se torna bastante desafiante já que a criatura parece crescer de um modo imprevisível. Definitivamente recomendado!


O segundo destaque dentro dos jogos que pudemos experimentar vai para Power the Grid de Claúdio Augusto, um simulador de gestão energética que nos lembra o clássico Sim City, mas com um design clean e moderno. Como gosto deste género de jogos não foi muito difícil convencer-me, mas gostámos de ver a atenção ao realismo e também a incidência num assunto muito atual - a transição das energias fósseis para renováveis e a difícil gestão das duas sem causar falhas que possam prejudicar os consumidores.  Aqui devemos gerir o dinheiro que recebemos do serviço de fornecimento de energia para a instalação de novas centrais, painéis solares, eólicas e respectivos upgrades. No caso das centrais que dependem do carvão, teremos de o comprar para reabastecer a central regularmente, tendo o cuidado de gerir o funcionamento dos geradores para que o consumo de matéria-prima não ultrapasse as nossas reservas de combustível demasiado rapidamente e fiquemos sem recursos financeiros para nos reabastecer.

Para alcançar os objetivos financeiros de cada nível não podemos tentar acelerar o processo ligando as nossas centrais a demasiados bairros habitacionais, devendo optar por uma evolução lenta. Caso contrário corremos o risco de ter uma falha no fornecimento, que, caso seja prolongada, nos levará a perder o jogo. Vimos que tem bastante potencial, mas precisa de mais algum trabalho de desenvolvimento. Com mais algum investimento de tempo (e também financeiro, claro) acreditamos que poderá ser um título de sucesso caso continue o caminho que tem vindo a trilhar até ao momento.


Finalmente, guardámos o melhor para o final - Exophobia de José Castanheira, o vencedor do prémio Spotlight do Lisboa Games Week. Temos um First-Person Shooter com claras influências de clássicos como Wolfenstein 3D ou Doom e um look retro muito distintivo. Pude experimentá-lo utilizando um comando, o que levou a que demorasse algum tempo a habituar-me, mas felizmente o jogo vem configurado de origem para ser usado com o teclado com a configuração clássica dos jogos do género. Bastante divertido e viciante, gostei do ambiente de ficção científica e de poder explorar a base espacial com vários segredos escondidos pelo caminho, cartões que temos de recolher para ter acesso a áreas bloqueadas e níveis quase labirínticos. Poderá beneficiar de mais algum desenvolvimento, nomeadamente na construção de cenários mais diferenciados, até para facilitar a nossa orientação e novos inimigos que nos dêem uma experiência de jogo mais desafiante, mas para já parece-me um título muito prometedor. Iremos segui-lo atentamente, com esperança de que a divulgação que terá no próximo Gamescom (o prémio que venceu deu-lhe direito a um bilhete para este evento) o ajude a levar este projeto a um outro nível.

Concluímos com a ideia de que a qualidade dos jogos em Portugal continua a melhorar a um ritmo cada vez mais rápido e que estamos certos de que não faltará muito para que tenhamos um sucesso internacional. Peço desde já desculpa a todos os jogos que não foram referidos, mas como devem compreender, não tive muito tempo para os experimentar a todos. Além disso, muitos deles pertencem a géneros mais "modernos" e que não encaixariam bem neste blog ou a sua qualidade atual ainda deixa muito a desejar e preferimos esperar que estejam num estado mais avançado de desenvolvimento antes de os referir aqui.

terça-feira, 26 de novembro de 2019

terça-feira, 26 de novembro de 2019

Rebellion compra marca e portfolio de The Bitmap Brothers

aqui referimos The Chaos Engine, um clássico de The Bitmap Brothers, a icónica produtora britânica, que além de ter lançado uma sequência jogos aclamados pela crítica nos anos 90, também foi conhecida por promover e elevar os seus criadores ao estatuto de estrelas de rock!

Cadaver

E eis que a marca e respectivo portfolio foram adquiridos pela, também britânica, Rebellion, e que muitos irão associarão à famosa série Elite Sniper, ou aos inúmeros títulos que produziu para diversas consolas desde meados dos anos 90.

Xenon II: Megablast

Num comunicado acessível a partir do site da Rebellion, o CEO Jason Kingsley, anuncia que se sentem honrados pela passagem de testemunho de Mike Montgomery, o fundador da The Bitmap Brothers, e refere que planeia trazer os clássicos para as plataformas actuais, bem com lançar novos títulos baseados nos mesmos. 

Gods

O Planeta MS-DOS irá acompanhar as novidades irão surgir da Rebellion, pois se é verdade que a versão MS-DOS dos títulos da The Bitmap Brothers não tiveram o mesmo protagonismo que os seus pares para o Atari ou Commodore Amiga, ainda assim não deixaram de ser jogos marcantes para o IBM-compatível, tais como: Xenon II: Megablast, Cadaver, Gods, Magic Pockets, Z, entre outros.

Magic Pockets

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Batch: Adicionar caminho (ADDPATH.BAT)

O ficheiro ADDPATH permite-nos adicionar vários caminhos diferentes à variável PATH, através de parâmetros (pode-se passar até 9 parâmetros num ficheiro “batch”). 


Observe-se o comando SHIFT do DOS que em conjunto com um ciclo possibilita o tratamento de cada um dos parâmetros (fazendo um "shift" do valor do parâmetro %2 para o parâmetro %1, do %3 para o %2 e assim por adiante, descartando o valor do parâmetro %1) até que todos tenham sido tratados. O ficheiro pode ser obtido aqui.



ADDPATH.BAT:
@echo off

if "%1"=="" goto usage
set tmpvar=
if "%path%"=="" goto cycle
set tmpvar=%path%;

:cycle
set tmpvar=%tmpvar%%1
shift
if "%1"=="" goto addpath
set tmpvar=%tmpvar%;
goto cycle

:addpath
set path=%tmpvar%
set tmpvar=
echo %path%
echo.
goto end

:usage
echo.
echo Usage: ADDPATH [pathname...]
echo.

:end

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Recortes: Um Passeio Virtual na Internet - Revista da Rua Sésamo (1996)

Com o término da secção O Ratinho que Faz Bip de Leonor Areal, impunha-se a criação de uma nova secção, que já apanhamos a meio, em Junho de 1996.

Aqui propõe-se uma viagem pela Internet, apresentando-se alguns sites portugueses (e não só) de referência, algo que deixamos como uma curiosidade, uma espécie de cápsula do tempo, que nos permite ver como se recomendava apresentar a Internet a uma criança numa época em que em Portugal a World Wide Web ainda estava nos primórdios.




sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Código-fonte de aplicações CAD/CAM para AutoCAD.


Os leitores do blogue irmão Planeta Sinclair muito provavelmente já ouviram falar do emulador ZEsarUX, ou do seu criador, César Hernandéz Bañó.

Pois bem, o nome dele agora é notícia aqui no Planeta MS-DOS: César Bañó anunciou, no Facebook, a disponibilização do código-fonte de alguns programas de MS-DOS para equipamentos CAD/CAM.

Os programas foram criados pelo pai e irmãos de César, em C++ e Pascal. Um deles, por exemplo, transforma um ficheiro de AutoCAD em instruções para uma CNC de matrizes.


Nós tentamos compilar os projectos mas deparamos com algumas dificuldades, a começar pela incerteza das versões dos compiladores envolvidos, ou pela falta de units e headers que suspeitamos fazerem parte de alguma API proprietária das máquinas de corte ou do próprio AutoCAD.

Os autores, conforme referido pelo César, não se lembram para que máquinas estes utilitários se destinam, logo só poderemos especular sobre as dependências em falta.

A título de curiosidade, o repositório pode ser acedido aqui.

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Recortes: Tradutor - Notícias Magazine (1993)

Esta semana apresentamos mais um recorte da revista Notícias Magazine, novamente com a coluna de Informática, da autoria de Simões Dias. Desta vez, o autor analisa um software de tradução automática (para as línguas portuguesa, inglesa, alemã e francesa). 

Este programa disponibiliza um conjunto enriquecido de funcionalidades, de grande utilidade tanto para tradutores profissionais, bem como para utilizadores mais casuais que até podem "aprender a brincar" os vários idiomas contemplados nesta ferramenta. 

No entanto, aparte da excelente análise, ficamos sem saber qual seria a editora que publicou este software, onde se poderia obter e qual o preço de venda. Talvez algum leitor consiga esclarecer alguns destes detalhes?

Seja como for, o recorte pode ser acedido na imagem abaixo!


segunda-feira, 18 de novembro de 2019

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Okuplok: mais de 10 horas de DOOM com Decino!

Para quem é fanático de DOOM, a internet é um prato cheio! Seja pela vasta comunidade de modders, que continuam a produzir novos níveis e campanhas, melhorando (ou abusando) do engine; seja pelos ports do DOOM para tudo que é plataforma; seja pelos inúmeros canais do Youtube com gameplays, walkthroughs, análises, críticas, não há dúvida que o pai de todos os FPS continua tão vivo quanto antes.

Decino é uma das personalidades no universo DOOM, conhecido pelo seu canal, com análises pontuais (por exemplo, como funciona a BFG9000), ou com frenéticos UV runs (dificuldade ultra-violence, 100% segredos, sem saves) a contrastar com uma narração plácida e suave. Tendo já gravado runs de todos os episódios oficiais e uma boa mão cheia de níveis não oficiais, está actualmente com uma sequência fantástica de vídeos do recente e aclamado megawad Eviternity

Mas não só de DOOM se faz o canal de Decino, que tem também playlists dedicadas aos jogos Serious Sam e Quake, as quais recomendo particularmente.

Pois bem, o canal de Decino atingiu recentemente os 30.000 inscritos e para presentear a comunidade, neste fim de semana fez uma live com um dos slaughter maps mais insanos de sempre: Okuplok, nível que conta com quase 30.000 inimigos!

Massacre!
Foram mais de 10 horas de jogatina, massacre de imps, e convívio entre o simpático Decino e os fãs. Este que vos escreve apenas conseguiu acompanhar pouco mais que duas horas (o resto terá que ser digerido durante as próximas semanas)! 

O longo vídeo pode ser visto abaixo! :)


sábado, 16 de novembro de 2019

sábado, 16 de novembro de 2019

Kicas no Rally-Paper da Física (Porto Editora, 1997)




O jogo que hoje analisamos é mais um dos muitos educativos editados em território nacional nos anos 90 que, no entanto, se destaca dos demais por ter uma qualidade algo superior. Desenvolvido pela Ediprisma/INESC e lançado pela Porto Editora em 1997 para Windows 3.x e 95, não alcançou grande destaque a nível nacional, sendo atualmente um título bastante obscuro e pouco lembrado.

Como já ando a coleccionar videojogos desenvolvidos em Portugal desde 2012/13, este chegou às minhas mãos no âmbito dessa procura. Tal como outros da minha coleção, este foi comprado online por um valor reduzido "às cegas", pois tinha-o encontrado numa lista antiga de software educativo recomendado às escolas por uma associação de professores e escolhi adquiri-lo apenas porque pelo título este pareceu-me ser o que poderia estar mais próximo de um verdadeiro videojogo.

A maioria dos "jogos" educativos editados em Portugal nem merecem essa designação (daí ter colocado jogos entre aspas) e não são nada mais que conteúdo teórico em texto e imagens, acompanhado de pequenos e básicos mini-jogos ao estilo palavras cruzadas, puzzle e semelhantes.
Daí que este tenha sido uma surpresa, pois apesar da deficiente execução, o resultado até ficou bastante interessante.



Temos aqui uma coleção de mini-jogos interligados por um jogo de corridas em que a cada etapa somos desafiados a pôr os nossos conhecimentos de física à prova, estando os conteúdos ao nível do 8º ano. Este mini-jogos, chamados de PEC (Provas Especiais Classificativas), variam entre pequenos jogos estilo puzzle, plataformas e até um labirinto 3D, sendo que muitos deles dependem de algum cálculo cuja resposta correta nos dará acesso à fase seguinte.


A qualidade dos jogos, como já referi, é algo duvidosa e têm um aspeto muito amador, apesar de terem sido desenvolvidos em ambiente universitário. A dificuldade em controlar o carro ou o personagem, controlos estranhos e bugs recorrentes acabam por retirar muito aos únicos jogos que tinham algum potencial e a navegação estranha e pouco intuitiva pelos menus que nos obriga a consultar o manual regularmente não ajudam muito.


Infelizmente é um jogo com algum potencial mal aproveitado que precisaria na sua equipa de alguém com verdadeiro conhecimento de programação para videojogos e não só de professores e programadores mais voltados para a parte técnica. Estes apesar de dominarem a parte teórica e terem efetivamente conseguido construir um produto funcional, parecem desconhecer como criar um jogo que seja divertido. Falta-lhes, na minha opinião, aqui alguma experiência não só enquanto jogadores, mas enquanto criadores de videojogos.

Para concluir, não posso propriamente recomendar este jogo pois envelheceu bastante mal, até porque mesmo à época do lançamento deixava muito a desejar em relação àquilo que o mercado oferecia a nível internacional. Serve este post como registo de mais um título nacional que infelizmente não podemos disponibilizar, já que a sua editora ainda se encontra em atividade, mas caso tenham interesse em experimentá-lo ainda poderá ser encontrado em Bibliotecas Municipais por todo o país ou eventualmente à venda online.

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Recortes: Word 6.0 para MS-DOS - Informática - Notícias Magazine (1993)

Já por diversas vezes referimos a revista Notícias Magazine e a sua coluna Micropanorama dedicada ao mundo dos videojogos. No entanto, este suplemento de Domingo do Jornal de Notícias também dispunha de um pequeno espaço para a informática, numa coluna escrita por Simões Dias, e que abordou as novidades relacionadas com esta área.

"Informática" foi o título da coluna que apresentou, não só as novidades referentes ao hardware, bem como as aplicações de software relevantes na época. No caso do nosso recorte desta semana, Simões Dias escreve sobre o lançamento recente do Word 6.0 for DOS, o famoso processador de texto da Microsoft.

Word 6.0 for DOS - versão portuguesa.

No seu texto, Simões Dias resume algumas das novas potencialidades desta versão do processador de texto (e na que viria a ser a última para o MS-DOS), comparando-a em relação à versão anterior 5.0, do ponto de vista de usabilidade.

Já na parte final da coluna, e entrando em outro assunto, o autor informa sobre a disponibilização da segunda versão pre-release do sistema operativo Windows NT para um grupo de clientes e programadores, selecionado pela Microsoft - de referir que este sistema viria finalmente a ser lançado alguns meses mais tarde, em Junho de 1993.

Vamos então deixar os leitores apreciarem um vislumbre do ano 1993, bastando para tal clicar na imagem abaixo!

Word 6.0 para MS-DOS - Simões Dias

sábado, 9 de novembro de 2019

sábado, 9 de novembro de 2019

Voyeur (Interplay, 1994)

Voyeur está na categoria de jogo-filme interativo. Lançado pela Philips Interactive em 1993 primeiramente para o Philips CD-i, o game ganhou em 1994 uma versão para MS-DOS pelas mãos da Interplay (esta versão que aparece na foto, que adquiri em uma feirinha de antiguidades) e uma para Mac pelas mãos da MacPlay.





Em Voyeur o jogador assume o papel de um detetive particular contratado para encontrar provas que possam derrubar o corrupto Reed Hawke, interpretado no jogo pelo ator e roteirista americano Robert Culp (que faleceu em março de 2010).





Na época o jogo se destacou pelos trechos de vídeo, que davam grande realismo ao jogo, e pelo conteúdo adulto, que incluía cenas bem picantes. É belíssimo também em termos de produto, com uma capa e com um encarte muito bem trabalhados.



Voyeur faz parte da era de ouro da multimídia no PC, período que eu adoro, quando havia muitas descobertas e experimentações em termos de entretenimento multimídia e de jogos interativos. O vídeo abaixo mostra o que estou tentando dizer.

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Recortes: Directamente das máquinas - Micropanorama - Notícias Magazine (1993?)

Hoje publicamos mais um recorte da Micropanorama, coluna sobre videojogos da responsabilidade do João Paulo Cruz, no suplemento Notícias Magazine, o qual já referenciamos por diversas vezes neste blogue.

Desta vez o autor foca a sua atenção numa das conversões mais famosas da primeira metade dos anos 90: Street Fighter II - um dos jogo de luta das "arcades" mais badalado dessa época, e que teve conversão para tudo o que era consola ou microcomputador.


Aliás foi a qualidade das conversões que o João Cruz evidenciou na sua coluna: quase como se Street Fighter II tivesse vindo "directamente das máquinas para nossas casas".


Embora os formatos visados na coluna sejam para a SNES e para o Amiga, apresentamos algumas capturas da versão para o MS-DOS, que também foi um "port" bastante competente.

Pois bem, os leitores poderão ler abaixo o texto do João Cruz sobre um jogo que continua icónico até aos dias hoje.

Directamente das máquinas - João Paulo Cruz