Os meados dos anos 90 foram uma época de grandes expectativas em torno da tecnologia laser do CD e da sua aplicação para integrar cinema e interatividade. Existiam várias opções de leitores disponibilizadas por diversos fabricantes, como o CD-i, o CD32 e o 3DO. O clássico formato VHS começava a perder o seu lugar para os DVDs, e os criadores apostavam cada vez mais no full motion video (FMV).
Foi precisamente este o tema que ocupou quase a totalidade das duas páginas da rúbrica Jogos no Computador, do jornal Tempo Livre, em abril de 1994.
Estes são os últimos recortes de que disponho da rúbrica assinada por José Antunes. Não me recordo se foi a última, mas o espaço dedicado aos videojogos no Tempo Livre foi um verdadeiro sopro de ar fresco numa publicação focada nas atividades do Inatel e dirigida a um público mais sénior. Talvez por ter sido enviada apenas aos associados, não seja hoje tão lembrada.
Seja como for, pela qualidade da escrita e pela profundidade do autor, num espaço tão exíguo quanto o de duas páginas, esta rúbrica permanece um retrato fiel de uma época de transição: quando os PCs se tornaram o padrão dos computadores de secretária e as tecnologias multimédia, como o CD-ROM, começaram a vingar.
Caso alguns dos leitores deste blogue possuam exemplares que ainda não foram preservados, peço que façam chegar as suas digitalizações.
A digitalização desta edição encontra-se neste link.
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