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domingo, 5 de outubro de 2025

domingo, 5 de outubro de 2025

Recortes: Jogos no Computador - Tempo Livre (Fev. 1994)

Os simuladores de voo foram o destaque da edição de fevereiro de 1994 da rubrica Jogos no Computador do jornal Tempo Livre. Os fãs deste género, tão popular na década de 1990, terão alguns motivos de curiosidade para ler neste artigo - inclusivamente, os preços praticados na época, que iam dos 10.995$00 até aos 13.995$00, o que equivale hoje a cerca de 107 € a 136 € corrigidos pela inflação (cálculos feitos no site da Pordata). 

Recordo-me bem de que os simuladores estavam entre os jogos mais caros à venda. E, pelos vistos, não faltavam compradores: segundo José Antunes, autor da rúbrica, estes títulos esgotavam rapidamente, levando-o a aconselhar os leitores a procurar as lojas Game Informática da Amadora e de Queluz.

Também presente na rúbrica está o concurso da Portidata, desta vez com cópias da edição portuguesa do jogo Goal.

A digitalização está disponível neste link.

domingo, 5 de outubro de 2025

Recortes: Os Jogos no Computador - CM (1994/03/06)

Dada a relevância do seu conteúdo, destaco a segunda página da rúbrica Os Jogos no Computador, do Correio da Manhã, publicada no dia 6 de março de 1994. Nessa altura, a Portidata já se afirmava como pioneira na importação e distribuição de videojogos para o mercado nacional. As suas edições mais económicas e os manuais em português marcaram uma geração.

Um dos marcos mais reconhecíveis da empresa de Portimão foi a primeira tradução integral de um videojogo para o mercado português: Beneath a Steel Sky, uma aventura point & click que já mencionámos várias vezes. As dificuldades e os desafios eram inúmeros - nada semelhante havia sido feito até então.

Segundo Rui Tito, um dos fundadores da Portidata, a compilação da versão portuguesa foi realizada na própria fonte, no estúdio britânico da Revolution Software, devidamente autorizada pela Virgin Interactive no Reino Unido, algo impensável à época, dada a insignificância do mercado português. Mas essa conquista abriu portas, sobretudo porque as consolas começavam a chegar e esse novo mercado viria a exigir traduções.

Hoje, videojogos disponibilizando versões em português (nas suas várias variantes) tornaram-se corriqueiros, e há até empresas portuguesas especializadas em tradução e localização, como a Wordfoxes (que também já mencionei anteriormente), prestando serviços não só para português, mas também para outras línguas.

Mais uma vez insisto: estes recortes são uma janela para o passado, permitindo-nos perceber como aquilo que hoje damos por garantido foi, um dia, terreno a desbravar por intrépidos pioneiros - alguns, infelizmente, injustamente esquecidos.

A digitalização de Mário Moreira encontra-se neste link.