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quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

Especial de Natal: Joystick Magazine CD-ROM nº99


Para este dia de natal decidi relembrar um CD-ROM que me foi trazido pelo natal de 1998 por familiares que viviam em França. A revista francesa Joystick nº99 foi simultaneamente a minha primeira revista de jogos, o primeiro cd-rom do género a que tive acesso e também me permitiu através dos seus demos experimentar alguns dos meus primeiros jogos "sérios", fora dos jogos infantis que até à altura eram a única coisa que conhecia.


Temos aqui um típico CD de revista que inclui demos, conteúdos exclusivos acerca de alguns jogos, shareware, patches, programas variados e, como era costume na época, um programa que permitiria o acesso à internet, fazendo contrato através da Infonie (fornecedor francês de internet).
O ano de 1998 foi excelente para jogos, como se pode ver facilmente pela lista de demos da imagem acima, sendo fácil destacar daqui vários títulos memoráveis.
A minha seleção da época incluiu o Microsoft Pinball, Nightlong, Age of Empires: Rise of Rome e Abe's Exodus. Foram estes que experimentei na altura e que continuei a jogar, mesmo ao avançar para o Windows 98 e XP. Muito antes de poder ter acesso a todo o tipo de jogos através da pirataria, quer através de downloads online, quer através de jogos emprestados por amigos, eram com estes demos que me entretinha, explorando-os ao máximo.


O que mais joguei na época foi o Nightlong: Union City Conspiracy, aventura gráfica produzida pela Team 17 (conhecida pela série Worms) totalmente em 3D, num ambiente imersivo cyberpunk extremamente bem desenhado. Em seguida, destaco o Microsoft Pinball Arcade, que apesar de apenas ter uma mesa disponível - Haunted House - me divertiu imenso com a sua simulação muito realista tanto a nível gráfico, como de física e foi no meu computador uma constante durante os anos seguintes, sendo reinstalado em vários sistemas operativos diferentes. Recordo-me de me divertir com Abe's Exodus, sendo um jogo extremamente bem construído a todos os níveis, apesar de não ter sido o meu predileto da época e também de experimentar um pouco o Age of Empires. Este último nunca foi muito meu estilo de jogo, por isso facilmente fiquei entediado, colocando-o de lado.


Queria só deixar uma nota final para os desenhos de Didier Couly, um cartonista cujo conteúdo de humor negro, controverso e políticamente incorreto, vêm na longa tradição francesa do estilo do Charlie Hebdo. Para este CD contribuiu com vários dos seus desenhos e animações que resolvemos partilhar aqui.
Pelo que tenho visto, a qualidade dos CD-ROMs franceses sempre foi muito elevada, tendo sempre direito a desenhos, animações e música original desde que começaram a ser distribuídos com revistas, algo que nunca vi em Portugal, pelo menos na mesma época. Daí que, mesmo não sendo comum analisar este tipo de CD-Roms, achei que seria interessante relembrar este que continua a ser interessante, não só pela parte nostálgica ligada aos videojogos e software, mas também pela arte original para si concebida.

sábado, 21 de dezembro de 2019

sábado, 21 de dezembro de 2019

Imagitec CD-ROM 6 Pack com Rise of the Triad (1994)


Foi ainda em meados dos anos 90, ali mais ou menos entre Wolfenstein 3D e Doom, que conheci Rise of the Triad (Apogee, 1994) — ou ROTT —, seguramente um dos principais precursores do gênero FPS. Em meados de 2018 consegui arrematar essa bela joia, uma das coletâneas de shareware em CD-ROM da Imagitec, com ROTT na capa e outros jogos de DOS.

Aliás, que linda cada. Quem conhece um pouco dos meus gostos no colecionismo retrô sabe que eu curto muito CD-ROMs de PC do início dos anos 90 e também coletâneas de shareware e freeware. Esse encarte é simplesmente lindo e carrega uma estética que me atrai muito nesse tipo de CD. Mas vamos analisar cada cantinho desse encarte.

A começar pela Imagitec. Para quem não sabe, a Imagitec Multimedia Corporation (ou simplesmente Imagitec) foi uma empresa canadense que produzia coletâneas de shareware. Ela foi criada em 1994 e, pasmem, descontinuada dois anos depois, bem ainda na era de ouro da multimídia no PC. Muitas de suas coletâneas foram vendidas nos Estados Unidos. E como todo CD do tipo que era vendido nos EUA, muitos chegavam aqui no Brasil por pessoas que viajavam para lá, ou através de kits multimídia, ou através de softhouses (leia piratohouses) e comerciantes de micros 386 e 486. Mais ou menos nessa época, em meados dos anos 90, eu era sócio de uma locadora de CD-ROMs para PC que tinha vários CDs de coletâneas, e eu ouvia muito essas histórias de como eles obtinham os títulos.

Voltando ao encarte, no canto superior esquerdo vemos o selo "Imagitec CD-ROM 6 Pack", que mostrava que ali vinham seis jogos. No caso desse 6 Pack, além do Rise of the Triad vinha ainda Hocus Pocus, Alien Carnage, Monster Bash, Boppin e Wacky Wheels. Joguei bastante na época Alien Carnage e Hocus Pocus. Existiam ainda outras linhas, como a "Imagitec CD-ROM 20 Pack", que tinha a mesma estética, porém trazendo vinte jogos.


No canto inferior esquerdo vemos o logo da grande Apogee Software, desenvolvedora de ROTT. Esse logo é muito nostálgico. A Apogee era por vezes sinônimo de jogos de MS-DOS de qualidade e adotava bastante o modelo de shareware na distribuição de seus títulos.


No lado direito do encarte vemos os outros cinco jogos já mencionados e, mais abaixo, outro selo, Imagination Station, que acompanha as coletâneas da Imagitec. Já no topo do encarte, vinha, sabe-se lá por quê, o descritivo "virtual reality" e mais um selo, Multi-Lingual Advantage, que indicava que o menu da coletânea estava disponível em vários idiomas, inclusive o português.



E falando em menu, mais uma curiosidade: a parte interna do encarte trazia um código (não chegava a ser um serial number, era um código mesmo), que servia para dar acesso ao menu para rodar os jogos (uma espécie de "proteção" criada pela Imagitec para dar mais legitimidade às suas coletâneas).

terça-feira, 17 de dezembro de 2019

terça-feira, 17 de dezembro de 2019

Blade Runner finalmente recuperado!


22 anos após o lançamento da adaptação do famoso filme para videojogo, que nos chegou na forma de aventura gráfica, temo-lo finalmente disponível numa versão digital e modernizada, preparada para correr em sistemas modernos.

Mas, ao contrário do que possam pensar, chegar aqui não foi tarefa fácil...
O encerramento da Westwood Studios em 2003 fez cair por terra qualquer esperança numa versão digital do jogo e, pior ainda, o código original perdeu-se durante uma das muitas mudanças dos estúdios.

Para trazer o Blade Runner para os nossos dias foi necessária uma ferramenta muito útil - o ScummVM - que já tinha sido usado anteriormente para emular as clássicas aventuras da Lucas Arts e a paixão de um grupo de programadores que passaram oito anos a dissecar o código a partir dos CDs originais, reconstruíndo-o pouco a pouco para construir a versão digital.

Graças ao seu trabalho árduo, ao esforço conjunto da Alcon Interactive Group e GOG.com, finalmente podemos anunciar a versão modernizada do jogo e, felizmente, sem qualquer proteção anti-cópia.

Para o adquirir, basta seguir este link.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Recortes: APPLE doméstico - Notícias Magazine (1993)

Nesta semana publicamos o último recorte (em posse do blogue) da coluna de Informática, e da autoria de Simões Dias (infelizmente não foi possível encontrar a segunda parte).

Este recorte remete-nos à época em que a Apple tinha uma oferta ampla e diversificada de modelos Macintosh para o mercado profissional através dos seus revendedores autorizados, bem como os modelos Performa, mais limitados, que focavam no mercado doméstico, e vendidos em grandes redes de lojas.

Esta estratégia de fragmentação veio a revelar-se um fracasso comercial para a Apple que não conseguiu competir com os PCs instalados com o Windows 95. Em 1997, Steve Jobs regressa à empresa que fundou, e reformula por completo a linha de computadores, reduzindo-a a 4 modelos.

No recorte abaixo podemos ver um desses modelos anteriores ao regresso de Jobs: um Macintosh IIvi que também foi vendido como Macintosh Performa 600.


APPLE doméstico - Simões Dias

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Batch: Listagem dos ficheiros executáveis num directório (DIREXE.BAT)

Um "batch file" é um ficheiro de texto, contendo uma lista de comandos, executada sequencialmente, e de forma automática, pelo interpretador de linha de comando do DOS. Trata-se, portanto, de uma ferramenta útil para, por exemplo, executar tarefas repetitivas, processar logs, efectuar backups automáticos, ou carregar programas. O Planeta irá, pontualmente, publicar alguns ficheiros .BAT que outrora já nos foram úteis (ou aos leitores caso queiram partilhar os seus "batch files")!

Começamos pelo DIREXE - ficheiro “batch” lista todos os ficheiros executáveis (extensões .EXE, .COM e .BAT) dentro de um directório. Recorremos ao comando FOR do DOS para visualizar o nome de cada elemento do conjunto de ficheiros com extensão “exe”, “com” e “bat”. O ficheiro pode ser obtido aqui.




DIREXE.BAT:
@echo off

if "%1"=="?" goto usage

set pname=.
if "%1"=="" goto direxec
set pname=%1

:direxec
for %%f in (%pname%\*.exe %pname%\*.com %pname%\*.bat) do echo %%f
goto end

:usage
echo.
echo Usage: DIREXE [pathname] [?]
echo.

:end

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Recortes: Monitores apostar na qualidade - Notícias Magazine (1993)

Mais uma Quinta-feira, mais um Recortes! Trazemos novamente a coluna de Informática de Simões Dias, para a Notícias Magazine. Infelizmente este recorte encontra-se incompleto, com a segunda página perdida algures na confusão do arquivo pertencente a este que vos escreve. Eventualmente as duas partes serão reunidas!

O tema deste recorte relembra-nos das preocupações dos consumidores que usavam intensivamente os tradicionais monitores CRT (tubos de raios catódicos), e que foram sendo atendidas pelos fornecedores com sucessivas melhorias tecnológicas, para minimizar o impacto na visão dos utilizadores e, subsequentemente, aumentar a produtividade do seu trabalho.

Quem viveu os anos 90 certamente irá recordar-se dos filtros que se compravam avulso e "encaixavam" no monitor - algo que o autor da coluna indica como sendo de acção reduzida, e que eu tendo a concordar por experiência própria!

Sem perder mais tempo, abaixo encontra-se o recorte (incompleto)!

Monitores apostar na qualidade - Simões Dias